Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde revelou que gestantes negras enfrentam um maior risco de complicações de saúde durante a gravidez em comparação com gestantes de outras raças. Especificamente, a hipertensão e o diagnóstico de HIV e sífilis foram destacados como áreas onde as desigualdades de saúde persistem.
Determinantes Sociais da Saúde: Raça e Racismo
Esses resultados destacam a importância dos determinantes sociais da saúde, incluindo a raça, como fatores que influenciam a incidência de doenças. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a “persistência do racismo” como um fator subjacente a essas desigualdades de saúde. Isso aponta para a necessidade de reconhecer e abordar o impacto do racismo sistêmico na saúde das populações negras.
Hipertensão na Gravidez:
A hipertensão na gravidez é uma condição séria que pode levar a complicações graves, incluindo pré-eclâmpsia e parto prematuro. O fato de gestantes negras estarem mais sujeitas a essa condição destaca a necessidade de acesso igualitário a cuidados pré-natais de qualidade e educação sobre saúde.
O diagnóstico de HIV e sífilis durante a gravidez é fundamental para garantir a saúde da mãe e prevenir a transmissão para o bebê. O fato de gestantes negras enfrentarem uma incidência mais alta dessas infecções destaca a importância do teste e do tratamento precoces, bem como do acesso a serviços de saúde de qualidade.
Abordagem Multifacetada Necessária:
Para combater essas desigualdades de saúde, é necessário adotar uma abordagem multifacetada que inclua a conscientização sobre o racismo sistêmico. Assim, a melhoria do acesso a serviços de saúde, a educação sobre saúde e o envolvimento das comunidades afetadas. Além disso, políticas públicas e ações afirmativas podem desempenhar um papel crucial na redução dessas disparidades.
Conclusão:
A identificação das desigualdades de saúde enfrentadas por gestantes negras no Brasil é um passo importante para promover a igualdade na assistência à saúde. É fundamental que os sistemas de saúde reconheçam e abordem as disparidades raciais na saúde para garantir que todas as gestantes recebam o atendimento adequado e tenham a oportunidade de ter gestações saudáveis. Essa abordagem não apenas beneficia as gestantes, mas também contribui para uma sociedade mais justa e equitativa em termos de saúde.
