A morte de Estopinha, a primeira influenciadora pet do Brasil, reacendeu um debate sensível: a legitimidade do luto por animais de estimação e a possibilidade de falta no trabalho em razão dessa perda.
A Legislação Atual
Atualmente, a legislação brasileira não prevê direito à folga por luto de animal de estimação. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) estabelece que o trabalhador pode se ausentar por até dois dias consecutivos em caso de falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que viva sob sua dependência econômica. No entanto, animais de estimação não estão inclusos nessa lista.
Para muitas pessoas, o animal de estimação é considerado um membro da família. O vínculo afetivo criado ao longo dos anos pode gerar um profundo sentimento de perda quando o animal vem a falecer. Dessa forma, o luto é uma reação natural e legítima. A despedida da Estopinha, por exemplo, foi um evento que comoveu a web, demonstrando a força desse tipo de relação.
Possíveis Soluções
Embora a lei não preveja essa folga, o empregado pode tentar um acordo com o gestor ou com o setor de Recursos Humanos da empresa. Algumas empresas, sensíveis à causa, podem permitir que o funcionário se ausente por um ou mais dias, especialmente se compreenderem o impacto emocional que a perda pode causar.
Conclusão
O debate sobre o direito ao luto por animais de estimação no ambiente de trabalho reflete uma mudança cultural em relação à forma como os animais são vistos na sociedade. Enquanto a legislação não acompanha essa mudança. Assim, cabe às empresas adotarem posturas mais flexíveis e humanizadas, reconhecendo o valor dos animais na vida de seus colaboradores. A morte de Estopinha e a repercussão nas redes sociais são indicativos da importância desse tema e da necessidade de revisão das práticas trabalhistas.
