O El Niño é um fenômeno climático que envolve o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. Tradicionalmente, tem o efeito de alterar padrões climáticos ao redor do mundo, causando secas em algumas regiões e inundações em outras. Em relação ao Brasil, o El Niño tende a trazer temperaturas mais elevadas, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.
A Crise Climática, ou Mudança Climática Global, refere-se à mudança de longo prazo nos padrões climáticos e temperaturas médias ao redor do mundo, amplamente atribuída à atividade humana, especialmente a emissão de gases de efeito estufa. Assim, esse fenômeno tem intensificado eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, inundações e furacões.
Uma “bolha” ou “cúpula” de calor ocorre quando massas de ar quente são “presas” sob uma camada de ar frio, atuando como uma tampa. Esse bloqueio impede que o ar quente se disperse, causando um aumento nas temperaturas locais. No caso do Brasil, esse fenômeno está impedindo o avanço das massas de ar frio, resultando em temperaturas mais elevadas e, consequentemente, em mais chuva em algumas regiões, como o Rio Grande do Sul.
A atual onda de calor que afeta partes do Brasil é um resultado da convergência entre o El Niño e a Crise Climática. Enquanto o El Niño naturalmente eleva as temperaturas em determinadas regiões do país, a Crise Climática intensifica esse efeito, tornando as ondas de calor mais frequentes e severas.
O exemplo citado de Criciúma, que registrou altos 40,7°C, é uma indicação clara da gravidade deste fenômeno combinado. Uma temperatura 5°C acima da média é notável e reflete as anomalias extremas que podem ser esperadas à medida que esses eventos climáticos convergem.
Portanto, estas ondas de calor trazem uma série de riscos, desde impactos na saúde humana até consequências para a agricultura e abastecimento de água. É crucial que as autoridades locais e nacionais adotem medidas para alertar e proteger a população, garantindo acesso a informações e recursos para lidar com essas condições extremas.
Além disso, a onda de calor sublinha a urgência de abordar as causas subjacentes da Crise Climática. Asssim, reforçando a necessidade de ação global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e minimizar o impacto de eventos climáticos extremos no futuro.